Sindiveg destaca que relatórios divulgados pela ANVISA apontam avanços importantes para a promoção de uma agricultura sustentável e responsável
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou na última quarta-feira, 11/12, relatórios com os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), um dos principais indicadores da qualidade dos alimentos adquiridos no mercado varejista e consumidos pela população.
De acordo com a ANVISA, no ano de 2023, foram analisadas 3.294 amostras de alimentos, coletadas em 76 municípios, que buscaram por resíduos de 338 diferentes agrotóxicos, incluindo produtos nunca autorizados ou substâncias já banidas no Brasil.
Sobre o risco crônico – consumo por toda a vida – a pesquisa não encontrou situação com potencial de risco crônico nas avaliações do ano passado. A avaliação é feita considerando os dados atuais e o histórico de dados dos últimos 10 anos do PARA.
Em relação ao risco agudo – potencial de causar danos à saúde pelo consumo do alimento em curto espaço de tempo, como uma refeição ou um dia, não necessariamente graves e que possam levar a um cenário de hospitalização, por exemplo – do total de 3294 amostras, apenas 0,67% (22) podem ter algum potencial de risco à saúde.
Esta probabilidade é equivalente, por exemplo, à chance de ganhar um prêmio em uma loteria estadual, como uma “raspadinha” ou de um meteoro pequeno cair na Terra e ser encontrado por uma pessoa. Ou seja, não há motivos para alarme, pois os alimentos disponibilizados para a população brasileira são seguros.
A própria ANVISA atesta isso no relatório, ao afirmar que “diante do exposto, pode-se inferir que, dentro das condições assumidas para a avaliação do risco, foi baixa a ocorrência de situações de exposição dietética a resíduos de agrotóxicos verificadas em concentrações que pudessem levar a efeitos adversos à saúde, do ponto de vista agudo”.
Para o Sindiveg – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal, entidade que representa legalmente a indústria nacional de defensivos agrícolas, essa análise é muito importante e uma ferramenta essencial para monitorar e avaliar a segurança dos alimentos no Brasil.
Segundo a análise da entidade, o resultado apresentado pela ANVISA corrobora a seriedade da indústria nacional de defensivos agrícolas, que cumpre as normas determinadas pelos órgãos competentes, garantindo assim a qualidade e principalmente a saúde dos consumidores brasileiros. O programa ainda fortalece a importância de estudos científicos e dados confiáveis, alinhando-se ao compromisso da entidade em apoiar o desenvolvimento de pesquisas para aprimorar a gestão de defensivos agrícolas.
A pesquisa reforça que a ampla maioria dos alimentos analisados está em conformidade com os limites de resíduos permitidos, demonstrando o compromisso da cadeia produtiva com práticas agrícolas seguras e o uso responsável de defensivos. O estudo também comprova que as práticas agrícolas no Brasil têm evoluído para atender não só às normas regulatórias, mas também às expectativas da sociedade em relação à sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
O Sindiveg reconhece a relevância do PARA como uma iniciativa que fomenta a transparência e o diálogo entre indústria, consumidores e órgãos públicos. Com base nesses resultados, a entidade reafirma seu compromisso em promover o uso consciente de defensivos agrícolas, priorizando a segurança dos alimentos, o respeito à sociedade e a preservação ambiental.
Sobre o Sindiveg
Há mais de 80 anos, o Sindiveg – Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas no País, com suas 26 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente. Mais informações: www.sindiveg.com.br
