Na agricultura, os defensivos agrícolas – também conhecidos como agroquímicos, agrotóxicos, pesticidas, praguicidas ou produtos fitossanitários – são substâncias químicas ou biológicas que estão entre as tecnologias usadas nas lavouras. Eles existem para proteger os cultivos do ataque e da proliferação de fungos, bactérias, ácaros, vírus, plantas daninhas, nematoides e insetos considerados pragas ou causadoras de doenças, garantindo alimento saudável à mesa da população.
No Brasil, o ataque de pragas é mais severo por conta das condições climáticas de um país tropical, que apresenta características que alternam entre seco e úmido. Nas estações da primavera e verão, temos maior umidade e altas temperaturas, já no outono e inverno, períodos mais secos e com temperaturas mais amenas, sem o inverno característico da Europa, Canadá e boa parte dos Estados Unidos. Afinal, as temperaturas mais baixas, incluindo a neve, evitam a reprodução das pragas, que tornam os alimentos impróprios para o consumo.
Por outro lado, esse mesmo clima favorece a biodiversidade, possibilita a produção de grande variedade de culturas e de até 3 safras por ano, dependendo da cultura, com recordes seguidos de produção e produtividade, ou seja, mais produção em uma mesma área.
O QUE SÃO PRAGAS?
São organismos nocivos que atacam e podem transmitir doenças às plantas. Elas diminuem a capacidade da cultura de produzir e reduzem também a qualidade dos produtos agrícolas. A praga compete com o ser humano por alimento. Atacar as plantações é a maneira que a praga encontra de sobreviver e se multiplicar.
Não controlar as pragas por meio de manejo ou de defensivos agrícolas tem um impacto direto no volume de alimento ou matéria-prima produzida. Ao produzir menos do que seria possível, os preços se elevam porque a demanda se mantém alta, porém, a oferta reduz à medida que as pragas inutilizam os alimentos para consumo.