Na agricultura, os defensivos agrícolas – também conhecidos como agroquímicos, agrotóxicos, pesticidas, praguicidas ou produtos fitossanitários – são substâncias químicas ou biológicas que estão entre as tecnologias usadas nas lavouras. Eles existem para proteger os cultivos do ataque e da proliferação de fungos, bactérias, ácaros, vírus, plantas daninhas, nematoides e insetos considerados pragas ou causadoras de doenças, garantindo alimento saudável à mesa da população.

No Brasil, o ataque de pragas é mais severo por conta das condições climáticas de um país tropical, que apresenta características que alternam entre seco e úmido. Nas estações da primavera e verão, temos maior umidade e altas temperaturas, já no outono e inverno, períodos mais secos e com temperaturas mais amenas, sem o inverno característico da Europa, Canadá e boa parte dos Estados Unidos. Afinal, as temperaturas mais baixas, incluindo a neve, evitam a reprodução das pragas, que tornam os alimentos impróprios para o consumo.

Por outro lado, esse mesmo clima favorece a biodiversidade, possibilita a produção de grande variedade de culturas e de até 3 safras por ano, dependendo da cultura, com recordes seguidos de produção e produtividade, ou seja, mais produção em uma mesma área.

O QUE SÃO PRAGAS?

São organismos nocivos que atacam e podem transmitir doenças às plantas. Elas diminuem a capacidade da cultura de produzir e reduzem também a qualidade dos produtos agrícolas. A praga compete com o ser humano por alimento. Atacar as plantações é a maneira que a praga encontra de sobreviver e se multiplicar.

Não controlar as pragas por meio de manejo ou de defensivos agrícolas tem um impacto direto no volume de alimento ou matéria-prima produzida. Ao produzir menos do que seria possível, os preços se elevam porque a demanda se mantém alta, porém, a oferta reduz à medida que as pragas inutilizam os alimentos para consumo.

Conheça as principais pragas, doenças e plantas daninhas

Soja Milho Cana-de-açúcar Algodão Café Trigo Arroz Feijão Batata e Tomate Citros

Ferrugem Asiática

Doença causada por fungo que ataca as folhas da planta. Nas plantas atingidas, se formam pequenos pontos de coloração escura em sua face superior da folha e, na parte inferior, podem se formar pequenas protuberâncias. A doença é disseminada pelo vento e, ao encontrar condições favoráveis para o seu desenvolvimento – umidade nas folhas e temperaturas amenas – se instala na lavoura. A ferrugem causa desfolhamento precoce, o que impede a formação completa dos grãos e reduz a produtividade.

Percevejo marrom da soja

Inseto de cor marrom que se alimenta do suco de ramos, hastes e vagens da planta. Seu ataque pode causar a má formação dos grãos, tornando-os “chochos”, e diminuir a produtividade. Além disso, a infestação pode gerar a retenção foliar, o que dificulta a colheita, pois as folhas não caem quando deveriam.

Lagarta da soja

Quando pequenas, as lagartas dessa espécie podem ser identificadas por sua coloração verde e, quando maiores, são esverdeadas ou amarronzadas e possuem três linhas brancas longas nas costas. Geralmente essa praga se alimenta das folhas do terço superior da soja. Se não controlada, pode causar 100% de desfolha nas plantas atacadas.

Lagarta-falsa-medideira

Quando nascem, têm coloração verde clara e possuem listras brancas longas e pontos pretos nas costas. Quando adultas, se tornam mariposas com asas de coloração marrom e com duas manchas prateadas no primeiro par de asas. Geralmente, as lagartas falsas-medideiras podem ser localizadas no terço final da soja. Se alimentam das folhas sem atingir as nervuras. Quando pequenas, raspam as folhas causando manchas claras. Conforme crescem, o ataque se intensifica e podem destruir completamente as folhas e danificar até as hastes mais finas da planta.

Capim amargoso

Planta daninha da família das gramíneas. Possui ciclo duradouro e tem grande facilidade de adaptação a diferentes climas e solos. Seus cachos, similares a plumas, produzem mais de 100 mil sementes que são facilmente disseminadas pelo vento. Seus caules têm capacidade de se regenerar mesmo após corte mecânico. Podem causar danos a lavoura por gerarem competição por água e nutrientes com a cultura principal.

Doenças Iniciais

A maioria das doenças de importância econômica que ocorrem na cultura soja são transmitidas pelas sementes. As sementes infectadas podem causar falhas no estabelecimento das lavouras, podridões e tombamentos de pré e pós-emergência e, na condição de fonte de inóculo primário, dar início ao desenvolvimento de doenças da parte aérea. As principais doenças nas sementes de soja são: Antracnose (Colletotrichum truncatum), Seca da haste e da vagem (Diaporthe phaseolorum var. sojae); Mancha púrpura das sementes e crestamento foliar (Cercospora kikuchii); Mancha “olho-de-rã” (Cercospora sojina); Mancha parda (Septoria glycines); Cancro da haste (Diaporthe phaseolorum f. sp. meridionalis); Podridão branda da haste e da vagem (Sclerotinia sclerotiorum); Mancha alvo (Corynespora cassiicola).

Pragas iniciais

Em geral, os problemas relacionados às pragas se iniciam na lavoura com a presença de lagartas na cobertura a ser dessecada e de insetos de solo, seguidos pelas pragas de superfície, que atacam especialmente as plântulas. Os sintomas dos danos por elas causados variam desde o murchamento e/ou o amarelecimento das folhas até a seca e morte da planta. Entre as diversas pragas de solo que afetam a cultura da soja, as mais relevantes são: Corós (Liogenys suturali, Liogenys fuscus, Phyllophaga cuyabana, Anomala testaceipennis); Percevejos (Scaptocoris castanea, Scaptocoris carvalhoi, Dichelops furcatus); Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus); Lagarta-rosca (Agrotis ípsilon); Larva alfinete (Diabrotica speciosa).

Antracnose

É uma das principais doenças da cultura da soja e pode infectar a planta em qualquer estágio do seu desenvolvimento. Quando o fungo é transmitido pelas sementes, é possível observar sinais da doença durante a germinação, causando o tombamento da cultura e lesões necróticas na superfície das folhas, podendo causar a morte da planta. Já quanto a infecção ocorre em estágio mais avançados da lavoura, observa-se coloração castanho-escuro sobre as vagens, que ficam retorcidas. Perdas podem ser de até 100% da produção se não tratada, no caso de variedades de soja mais sensíveis à doença.

Lagarta-do-Cartucho

A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda, também conhecida como lagarta-militar, é um dos principais insetos-praga da cultura da soja no Brasil. Alimenta-se mais ativamente à noite e em dias nublados. Em dias ensolarados, esconde-se no solo, em rachaduras ou sob torrões e restos culturais. Geralmente ocorre em focos, causando danos em áreas restritas mas que tendem a se expandir. A lagarta-do-cartucho pode causar danos em todos os estádios de desenvolvimento da soja. Na fase inicial, ataca a região do colo, cortando as plantas na base, o que provoca morte ou perfilhamento e prejudica o estabelecimento da cultura no campo. Eventualmente, a lagarta se alimenta das estruturas reprodutivas, como flores e vagens.

Mosca-branca

De importância agrícola secundária por várias décadas, a B. tabaci transformou-se em uma das principais pragas em ecossistemas tropicais e subtropicais, em praticamente todas as regiões do mundo. A mosca-branca é, hoje, considerada a praga de maior importância na agricultura nacional, por causar danos diretos e indiretos às plantas. Em condições de população muito elevada, especialmente as ninfas, excretam substâncias açucaradas em grande quantidade, proporcionando o desenvolvimento da fumagina, um fungo que se desenvolve nas folhas, tornando-as escuras, o que prejudica a realização da fotossíntese. Todo este processo acarreta perdas que, dependendo do nível populacional da mosca e do estádio de ocorrência na cultura, pode chegar até a 100%.

Percevejo castanho de raiz

Em geral é uma praga de difícil controle devido ao seu hábito subterrâneo. Medidas como preparo de solo atuam como forma de controle local, mas podem apresentar efeito contrário, pois a praga tende a buscar maiores profundidades para adaptação e sobrevivência, a busca por profundidade se dá também em períodos de longa estiagem onde a praga se aprofunda no solo em As plantas atacadas apresentam desenvolvimento inferior ao restante da cultura e alguns sintomas de deficiência nutricional e hídrica. Esses problemas ocorrem em razão da sucção da seiva e da injeção de substâncias tóxicas. As plantas enfraquecidas podem morrer.

Lagarta-do-cartucho

Essa lagarta pode ser identificada por sua coloração verde, com pontos pretos em pares ao longo das costas e cabeça quase preta. Logo após nascimento, se alimentam das folhas da planta. Após alguns dias, migram para o interior do cartucho, onde é possível observar seus dejetos. As lagartas destroem o cartucho, danificam a espiga e podem perfuram a base da planta e atingir seu ponto de crescimento. Se não forem controladas, causam danos expressivos à produtividade da lavoura, que se acentuam no período de seca.

Ferrugem Polisora

Doença, causada por um fungo, que pode ser identificada por manchas e pontos de coloração amarela, dourada ou marrom. Geralmente fica na parte superior das folhas ou nas partes onde as folhas se prendem ao caule, mas pode ocorrer em todas as partes verdes da planta. Clima quente e com alta umidade do ar são fatores favoráveis ao seu aparecimento. Essa doença, quando não controlada, causa redução da área foliar, acamamento de plantas e diminuição do peso dos grãos, o que afeta a produtividade.

Soja voluntária

Ao ressemear uma área de rotação de cultura, a soja se tornar uma invasora, ou seja, uma planta daninha. Além da competição com a cultura por água e nutrientes, a soja nessa condição pode ser uma multiplicadora de doenças.

Lagarta-da-espiga

Essas lagartas são identificadas por sua cabeça de coloração marrom clara. A mariposa dessa espécie coloca seus ovos no cabelo do milho. Inicialmente as larvas se alimentam dos cabelos do milho, o que pode causar falhas nas espigas. Com o passar do tempo, caminham em direção à ponta da espiga, onde se alimentam dos grãos em formação. Quando atacam a lavoura, podem causar a redução da fertilização e do peso dos grãos. Além disso, os orifícios deixados pelas larvas tornam a planta mais suscetível ao ataque de outras doenças.

Lagarta Elasmo

Seus danos ocorrem nos primeiros estádios de desenvolvimento, até por volta de 30 dias após a emergência da planta. É uma praga esporádica, porém, se alimentada de diversas culturas (como soja, milho e algodão), com grande capacidade de destruição num curto intervalo de tempo. Em milho, alimenta-se internamente do colmo e caminha em sentido ascendente, em direção à região de crescimento da planta (gema apical), acabando por danificá-la, causando diminuição de seu porte ou até mesmo morte das folhas mais jovens, sintoma conhecido como “coração morto”. Em determinadas situações, os sintomas de ataque da lagarta elasmo não causam necessariamente o coração morto, mas brotações na base da planta.

Coró

Essas lagartas são identificadas por sua cabeça de coloração marrom clara. A mariposa dessa espécie coloca seus ovos no cabelo do milho. Inicialmente as larvas se alimentam dos cabelos do milho, o que pode causar falhas nas espigas. Com o passar do tempo, caminham em direção à ponta da espiga, onde se alimentam dos grãos em formação. Quando atacam a lavoura, podem causar a redução da fertilização e do peso dos grãos. Além disso, os orifícios deixados pelas larvas tornam a planta mais suscetível ao ataque de outras doenças.

Percevejo da barriga verde

Os percevejos são insetos sugadores, isto é, alimentam-se introduzindo o aparelho bucal (estiletes) na fonte nutricional. Eles introduzem uma saliva que se solidificará, formando a chamada bainha alimentar. Depois, injetam uma saliva aquosa com enzimas digestivas, que pré-digerem o alimento, em seguida ocorre a ingestão. Os insetos que estão no solo em razão do hábito de permanecerem na palhada, atacam o milho na região, causando pequenas perfurações. À medida que o milho cresce, a lesão aumenta formando áreas necrosadas. Como resultado do dano, há o comprometimento do desenvolvimento das plantas de milho, que apresentam um aspecto popularmente chamado de “encharutamento” ou “enrosetamento”, com amarelecimento das folhas.

Larva-alfinete

Nos últimos anos, com o incremento da área de safrinha, a larva-alfinete vem causando consideráveis danos ao milho. Os danos são causados pelas larvas e pelos adultos. As larvas são conhecidas como larva-alfinete e alimentam-se das raízes das plantas, o que reduz a sustentação e a absorção de água e nutrientes. Já os adultos fazem perfurações e cortes em brotações, folhas, botões florais e flores. Quando se alimentam das folhas, deixando-as raspadas, pode haver confusão com os danos iniciais da lagarta-do-cartucho. Também se alimentam do “cabelo” (estilo-estigmas), prejudicando a fertilização e formação dos grãos. Os prejuízos podem ultrapassar 70% quando a infestação é alta.

Larva angorá

Outra espécie de vaquinha, a larva-angorá tem hábitos muito semelhantes aos da larva-alfinete. Elas se assemelham até mesmo na aparência. A fase jovem desta espécie é que danifica sementes e raízes, causando ataques em reboleiras. É considerada uma praga secundária do milho. Os danos são causados pelas larvas que se alimentam do endosperma das sementes que estão no solo, perfurando-as na região do embrião e destruindo a radícula. Os adultos podem causar danos mecânicos aos órgãos florais da cultura de algodão, sorgo e milho.

Mancha foliar

O patógeno está bastante disseminado nas áreas de cultivo de milho. Em condições favoráveis (alta umidade e temperaturas entre 18 e 27ºC). Em lavouras mais sensíveis, pode causar danos significativos. Os sintomas da doença ocorrem principalmente nas folhas. As perdas de rendimento podem ocorrer acima de 50%. Nas plantas adultas, a coloração passa para púrpuro avermelhada, a castanho amarelada e o centro torna-se amarelado a cinza, com margens amareladas. Posteriormente, com a frutificação do fungo, a lesão fica cinza-escura ou preta, dando à folha o aspecto de queima.

Capim-colchão

O capim-colchão (também conhecido como milhã e capim-milhã) é uma das principais plantas daninhas do milho, presente em praticamente todas as áreas cultivadas com esta cultura no país. É uma planta daninha bastante agressiva em solos férteis, e assim como outras plantas, promove interferências diretas sobre o milho pela competição pelos recursos de crescimento, como água, luz, CO2 e nutrientes e exercem inibição química sobre o seu desenvolvimento, fenômeno esse conhecido como “alelopatia”. O milho, apesar de ser bastante competitivo, pode ser severamente afetado pela interferência de plantas daninhas, reduzindo o seu crescimento e o rendimento de grãos em até 85%.

Capim-pé-de-galinha

O capim-pé-de-galinha, é uma das principais plantas infestantes no mundo, encontrada em praticamente todas as regiões tropicais, subtropicais e temperadas do planeta. Planta pouco exigente em relação ao tipo de solo e vai bem em solos compactados, daí sua presença marcante em beira de estradas e terrenos abandonados e rastros do pulverizador. A cultura do milho, embora seja considerada competitiva, pode ser severamente afetada pela interferência de plantas daninhas, cujas perdas na produção podem atingir até 85%. O manejo de plantas invasoras na cultura do milho é uma das práticas mais importantes nos sistemas de produção.

Capim braquiária

Planta daninha de ciclo duradouro que apresenta ramos largos e espiguetas no cacho. Causa competição agressiva por água na lavoura, o que prejudica a produção. Surge principalmente nos períodos quentes do ano e pode dominar totalmente o ambiente que invade.

Cigarrinha-da-raiz

Os machos desse inseto são de coloração avermelhada e as fêmeas de cor marrom avermelhada. As fêmeas depositam seus ovos nas bainhas secas próximas ao solo. Inicialmente, se fixam nas raízes para sugar o suco da planta. Os adultos vivem na parte aérea da cana. Causam estrias amarelas nas folhas e fraqueza do caule, prejudicando o desenvolvimento da planta.

Capim Colchão

Espécie presente em 60% dos canaviais. Planta daninha de difícil controle e poucos herbicidas tem ação efetiva sobre essa erva. Sua identificação no campo é muito difícil pois se confundem com outras espécies do mesmo gênero. Reduz a produtividade em até 60% competindo por nutrientes, espaço e luminosidade, diminui a vida útil do canavial, aumentam o custo de implantação e condução do Canavial e podem inviabilizar o estabelecimento da cultura logo após o plantio.

Diatraea

Dentre as diferentes pragas que atacam a cultura, a broca-da-cana de açúcar, Diatraea saccharalis, é considerada a mais importante, devido a sua ampla distribuição geográfica e dos seus elevados prejuízos econômicos, com perdas diretas (redução da produtividade agrícola) e indiretas (perdas na qualidade da matéria-prima), e custos de tratamento, estimados em cerca de 1 bilhão de dólares anuais.

Bicudo-do-algodoeiro

Besouro de coloração cinza ou castanha, que ataca no início da floração até a colheita. O alvo inicial desse inseto são os botões florais, que acabam ficando com as folhas abertas, depois ficam amarelados e podem até cair. O bicudo também pode atacar as flores e as maçãs da planta. A infestação causa queda na qualidade da pluma e redução da produção.

Corda de Viola (Ipomoea spp)

Planta daninha tipo trepadeira que apresenta flores roxas. Compete por recursos como água, luz e nutrientes com a cultura do algodão e causa prejuízo à colheita, pois seus ramos se entrelaçam com os do algodoeiro e podem bloquear o cilindro das maquinas de colheita.

Ramulária

Doença causada por fungo que afeta as folhas do algodoeiro. É caracterizada pela formação de manchas de coloração branca ou amarelada, com aparência poeirenta, localizadas na face superior das folhas. Ocorre principalmente no final do ciclo e em áreas frias e úmidas. Causa redução da fotossíntese, secamento foliar e desfolha da planta. Também pode afetar as maçãs do baixeiro, ocasionando podridão.

Lagarta-Elasmo

A Lagarta-elasmo tem destaque dentro do complexo de pragas de solo, e impacto direto e incisivamente na cultura do algodoeiro. O ataque logo após a emergência das plântulas, causa interferência em suas atividades vitais, impedindo a manutenção do crescimento e desenvolvimento, diminuindo consideravelmente a população final de plantas adultas, torna a Lagarta-elasmo um grande desafio para o cultivo do algodão.O ataque da lagarta ocorre através da alimentação do interior da plântula. Essa forma de ataque debilita a plântula pela destruição dos vasos do xilema, diminuindo a translocação de água. A plântula demonstra um murchamento durante períodos de altas temperaturas, sintoma típico pela dificuldade de translocação de água.

Pulgão-do-algodoeiro

Com o aparecimento na lavoura ocorrendo quando as plantas atingem aproximadamente 20 centímetros, o pulgão é uma praga polífaga que pode atacar a planta de algodão em todo o seu ciclo de vida. A falta de alimento “força” a locomoção dos pulgões para plantas vizinhas, onde formam novas colônias. Os pulgões, com o seu aparelho bucal sugador, perfuram e sugam a seiva da planta ocasionando um encarquilhamento das folhas e deformação dos brotos prejudicando seu desenvolvimento. Ao se alimentar da seiva da planta de algodão o pulgão expele um liquido açucarado que ao cair sob as folhas dificulta a respiração e fotossíntese da planta contribuindo com o seu enfraquecimento.

Lagarta-do-cartucho

Podendo causar danos diretos danificando caule, folhas, botões, flores e maçãs, as lagartas do primeiro estádio de crescimento preferem danificar os botões florais raspando-os, ao se desenvolverem as lagartas podem ser encontradas dentro das flores ou na base das maçãs raspando até perfurar.

Lagarta Helicoverpa

Podendo causar danos diretos danificando caule, folhas, botões, flores e maçãs, as lagartas do primeiro estádio de crescimento preferem danificar os botões florais raspando-os, ao se desenvolverem as lagartas podem ser encontradas dentro das flores ou na base das maçãs raspando até perfurar.

Mosca-branca

A mosca-branca (Bemisia tabaci) é um inseto sugador que ataca diversas culturas agrícolas de importância econômica, como feijão, algodão, soja, uva, plantas ornamentais e hortaliças. Ao se alimentar a mosca injeta toxinas através da saliva, podendo produzir diversos sintomas nas plantas, como paralisação do crescimento, diminuição da capacidade de produção de estruturas reprodutivas. A presença da praga pode ser notada quando, ao observar a face inferior das folhas é possível identificar pontuações amareladas e brancas, na face superior é possível observar manchas cloróticas com aspecto brilhante decorrentes da mela e quando os danos são observados durante a abertura das maçãs ocorre uma depreciação na qualidade da fibra.

Podridão-das-raízes

A Rhizoctonia solani é facilmente encontrada nas regiões produtoras. O fungo ataca as sementes e plântulas de algodão, causando o tombamento de pré e pós-emergência, além de causar o apodrecimento das raízes. A doença desenvolve-se bem em condições chuvosas. Os primeiros respingos de água são suficientes para iniciar a disseminação. Os sintomas caracterizam-se inicialmente pelo murchamento das folhas com posterior tombamento das plântulas. Este fungo provoca lesões deprimidas e de coloração marrom-avermelhada no colo e nas raízes das plântulas de algodão. O fungo mantém-se de um ano para o outro, sob a forma de escleródios no solo, ou como micélio em resíduos vegetais existentes no solo.

Mofo-branco

O fungo possui capacidade de infectar folhas, haste e maçãs. Pode infectar mais de 400 espécies de plantas. O mofo-branco é uma doença de ocorrência regional devido a fatores epidemiológicos tais como presença de inóculo e condições climáticas. O fungo pode infectar qualquer parte da planta desde folhas, haste e maçãs. Incialmente são lesões aquosas com abundância de micélio. Nas hastes pode ser observado um crescimento de coloração branca, aspecto “cotonoso”, tornando-as ressecados e quebradiços. Geralmente, os sintomas concentram no baixeiro das plantas.

Capim-amargoso

O capim-amargoso (Digitaria insularis), quando desenvolvido, é evitado pelo gado por apresentar substâncias amargas, daí a origem de seu nome popular. É uma das principais plantas daninhas infestando cultivos no Brasil. É uma planta que possui alta capacidade de competição, potencial infestante, desenvolvimento rápido e agressivo, além de reproduzir-se tanto por sementes quanto por rizomas e formar touceiras. Desenvolve-se bem em solos férteis, mas adapta-se bem em solos pobres e ácidos, superando muitas outras espécies. Assim como outras plantas daninhas, promove interferências diretas sobre o algodão pela competição pelos recursos de crescimento.

Capim-pé-de-galinha

O capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) está entre as plantas daninhas mais frequentes em lavouras anuais e vem aumentando significativamente nas lavouras de algodão. Planta pouco exigente em relação ao tipo de solo e vai bem em solos compactados, daí sua presença marcante em beira de estradas e terrenos abandonados e rastros do pulverizador.

Bicho Mineiro

As mariposas dessa espécie são brancas e colocam seus ovos na face superior da folha. Ao saírem dos ovos, as lagartas vão para o interior da folhagem para se alimentar. Esse inseto ataca principalmente as folhas do terço superior do cafeeiro. O bicho mineiro possui hábito noturno e o seu ataque ocorre durante todo o ano, mas é mais intenso entre os meses de outubro e junho. As regiões da planta afetadas pelo inseto secam e adquirem coloração marrom, que cedem ao serem apertadas. Essa infestação pode causar desfolhamento do pé de café, o que reduz sua capacidade de realização de fotossíntese e acarreta a diminuição da produção.

Ferrugem do Cafeeiro

Doença causada por fungo. Nas plantas atacadas, surgem pequenas manchas de coloração amarela clara na face inferior das folhas. Com o passar do tempo, as manchas ficam maiores e passam a ter cor mais alaranjada e aspecto poeirento. Também surgem lesões amarelas na face superior das folhas. Essa doença causa queda precoce das folhas e ressecamento dos ramos, o que afeta a produção de frutos na safra seguinte. Em condições climáticas favoráveis ao seu desenvolvimento podem resultar em perdas de até 35% da produção. Já em períodos de longa estiagem, os prejuízos chegam a ultrapassar 50%.

Trapoeraba

Planta daninha rasteira caracterizada por suas flores de coloração azulada. Ela se propaga por sementes aéreas e terrestres e por pedaços dos ramos. Tem preferência por solos argilosos, férteis, úmidos e com sombra. Além de prejudicar a cultura do café, por competir por água e nutrientes, também dificulta a colheita mecânica e pode ser hospedeira de outras pragas e doenças.

Phoma

Constatada em meados de 1975 sua disseminação ocorreu de forma rápida e hoje é possível encontrar esse fungo em todas as regiões produtoras de café, é um parasita necrotrófico, se desenvolve em tecidos vivos que mata as células. A Phoma provoca uma redução na taxa de fotossíntese, sofre desfolha e seca de ramos e a consequente queda de flores e chumbinhos, reduzindo a produtividade do cafezal.

Ferrugem do Cafeeiro

A doença foliar mais importante dos cafezais, presente na parte superior da folha, apresentando manchas marrons circundadas por um halo amarelado. A maior ocorrência dessa doença pode ser observada no ano em que a produção é mais elevada, pelo fato do café ser uma planta que apresenta alternância de produção podendo chegar a uma severidade de 70%.

Broca do Café

Sendo uma das principais pragas do café, a broca é responsável por grandes perdas da produtividade, principalmente em áreas de baixa altitude e altas temperaturas, onde a principal variedade cultivada é a do café Conilon. Causa uma perda de peso no café beneficiado, perda de qualidade e depreciação do produto, queda prematura de frutos, apodrecimentos de sementes em frutos broqueados que apresentam uma maturação forçada, ocasionando a queda do fruto prematuro, inviabilidade de produção de sementes de café, e pelos países não aceitarem café broqueado, ocorre uma perda de mercado externo.

Bicho Mineiro

Considerada como a principal praga dessa cultura, o bicho mineiro do café recebeu esse nome pelo fato de sua lagarta minar a folha do café, uma praga exclusiva do café e sua presença no Brasil foi notada em meados de 1850. Os prejuízos dessa praga podem chegar até 80% de redução na produtividade quando a desfolha ocorrer no mês de julho.

Ferrugem do colmo

Doença causada por fungo que se caracteriza pela formação de manchas em formato de pontos com coloração amarelada. Conforme se desenvolve, essas manchas ficam maiores, em formato alongado e salientes. Afeta principalmente os caules e nas partes onde as folhas se prendem ao caule. Pode causar o tombamento da planta e o encolhimento dos grãos, o que reduz a produtividade.

Lagarta do Trigo

É a principal praga desfolhadora da cultura do trigo. Os seus danos também são observados em outras gramíneas, como arroz, aveia, azevém, centeio, cevada, milho e pastagens. Seu ataque é importante até o octogésimo dia da cultura, sendo os prejuízos sensíveis quando ao nível de desfolha for superior a 30%.

Mancha Marrom

Esta moléstia tem potencial para causar prejuízos significativos, sobretudo em primaveras quentes e úmidas. Na cultura do trigo, as perdas causadas por esta doença podem chegar a até 80%.

Azevém

O azevém é uma espécie de inverno e ocorre simultaneamente nas culturas de inverno como trigo. É de fácil dispersão e, por isso, está presente e caracteriza-se como planta daninha em praticamente todas as lavouras de inverno e em pomares da região sul do Brasil. A interferência de plantas daninhas em plantas cultivadas pela competição de água, nutrientes e radiação solar pode trazer inúmeros malefícios no sistema de produção, com a cultura do trigo pode prejudicar a produtividade, diminuindo seu rendimento.

Ferrugem da Folha

Esta doença manifesta-se desde o surgimento das primeiras folhas até a maturação da planta. Em função da redução da área fotossintética da planta, que fica recoberta pelas pústulas em cultivar suscetível, a produção de grãos é afetada, podendo levar a danos de mais de 50%.

Oídio

O oídio é uma doença de importância econômica em todos os países produtores de trigo, principalmente pela perda de vigor das plantas, o que se traduz em queda dos rendimentos em até 40%. A doença ocorre de forma natural principalmente na Região Sul do Brasil, nas outras regiões, ocorre em cultivos irrigados. O patógeno reduz a fotossíntese, aumenta a respiração e a transpiração das plantas, conduzindo a um enfraquecimento e enfezamento da planta.

Capim Arroz

Planta daninha que ocorre tanto em solos secos como inundados. Pertencente à família das gramíneas, pode chegar a medir até 1,4 metro de altura. Interfere no crescimento da cultura e reduz o rendimento dos grãos de arroz.

Brusone

A brusone é a doença do arroz mais expressiva no Brasil e no mundo, provocando perdas significativas no rendimento das cultivares suscetíveis, quando as condições ambientais são favoráveis. As perdas na produtividade devido à brusone dependem, principalmente, do grau de resistência da cultivar, do estádio em que a lavoura é afetada e da severidade da doença. Os danos causados pela brusone em arroz de podem ser reduzidos significativamente através de práticas culturais, uso de fungicidas no tratamento de sementes e em pulverizações da parte aérea e pelo uso de cultivares moderadamente resistentes.

Escaldadura das folhas

A brusone é a doença do arroz mais expressiva no Brasil e no mundo, provocando perdas significativas no rendimento das cultivares suscetíveis, quando as condições ambientais são favoráveis. As perdas na produtividade devido à brusone dependem, principalmente, do grau de resistência da cultivar, do estádio em que a lavoura é afetada e da severidade da doença. Os danos causados pela brusone em arroz de podem ser reduzidos significativamente através de práticas culturais, uso de fungicidas no tratamento de sementes e em pulverizações da parte aérea e pelo uso de cultivares moderadamente resistentes.

Mancha-parda

Em termos de perdas, a doença carrega o estigma de ter causado a famosa “fome de Bengala”, em 1942. Embora a doença tenha expressado seu potencial destrutivo naquela ocasião, as perdas atribuídas a ela não são tão drásticas. A mancha parda é favorecida por excesso de chuvas e por baixa luminosidade durante a formação dos grãos. Alta umidade e temperaturas entre 20°C e 30°C são condições ótimas para o desenvolvimento da doença. Em ataques severos todos os grãos da panícula ficam manchados, resultando em espiguetas vazias e, consequentemente, em redução do peso destes. No beneficiamento os grãos manchados apresentam gessamento e coloração marrom-escura, interferindo na qualidade final da cultura.

Bicheira-do-arroz

Oryzophagus oryzae é uma das espécies de insetos que mais causa danos à cultura do arroz irrigado no Brasil. Os cultivares precoces tendem a ser mais danificados do que os tardios. Em arrozais plantados a mais tempo, podem causar prejuízos de 20 a 30%.

Pulgão-da-raiz

A população desse inseto é formada de fêmeas que se reproduzem sem acasalamento. Tanto as formas jovens como as adultas removem fluidos das plantas. Quando ocorrem em grande número, causam alteração no sistema radicular, amarelecimento das folhas e paralização do crescimento das plantas. Os prejuízos são maiores nos anos de seca. Estes pulgões, além de sugarem a seiva das raízes, injetam toxinas, causando amarelecimento das plantas e paralisando o crescimento.

Lagarta-da-panícula

Como as lagartas são difíceis de serem encontradas, é importante que após a emissão da panícula, sejam realizadas amostragens diárias, preferencialmente ao final da tarde, onde algumas lagartas podem ser encontradas nas folhas superiores. Além disso, ao abrir as plantas verificar se há parte das panículas ou grãos caídos no chão. Quando isto ocorre, os sintomas vão aumentar e medidas de controle devem ser adotadas, pois os prejuízos podem chegar a 20%.

Capim-braquiária

O capim braquiária é uma forrageira de origem africana que está adaptada desde as regiões do Sul do Brasil até o Sul dos Estados Unidos. Apresenta um ciclo anual, com hábito decumbente, boa ressemeadura natural e longo período vegetativo se bem manejado, nasce espontaneamente como invasora em lavouras de verão quando apresenta a maior produção de forragem, perdurando até o início do outono, florescendo e desaparecendo com o frio. Capim braquiária é muito agressiva na cultura do arroz, podendo reduzir até 90% da produtividade e 60% no desenvolvimento das plantas de arroz.

Tiririca

Planta invasora comum em terrenos úmidos. Espécie infestante em cultura de arroz irrigado, canais de irrigação e drenagem, margens de estradas e prefere solos inundados ou úmidos. Infesta, também, pastagens e gramados, mas pode ser invasora em culturas anuais. Perdas de até 50% da produtividade e desenvolvimento de plantas.

Bicheira-da-raiz

Tanto os adultos (gorgulho-aquático) quanto as larvas (bicheira-da-raiz) ocasionam danos à cultura do arroz irrigado em intensidade variável, dependendo do grau de infestação, do sistema de cultivo, da cultivar e da época de semeadura. No entanto, a fase de larva, que fica submersa no solo inundado, é a mais prejudicial à produtividade. Os adultos, ao entrarem na lavoura atacam as folhas, deixando cicatrizes longitudinais brancas, não causando danos. Em seguida, as fêmeas põem os ovos nas folhas e colmos, acima da lâmina da água surgindo as larvas que se alimentam no local da postura, e após 1 a 2 dias chegam as raízes, onde surgem as pupas.

Antracnose

A antracnose é uma doença de grande importância econômica, podendo ocasionar perdas de até 100% em condições ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento (temperatura moderadas e alta umidade). Os sintomas iniciais são de cor de ferrugem, manchas nos tecidos, que depois aumentam para formar lesões a fundadas de coloração escura. Esses sintomas são mais aparentes nos pecíolos e na face inferior das folhas (nas nervuras). Nas vagens, forma lesões afundadas de coloração preta ou marrom cercadas, nas margens, por uma coloração mais clara.

Mosca-Branca

A mosca-branca pode ocorrer durante todo ciclo da cultura, entretanto tem preferência por plantas mais jovens, na quais o dano do ataque é mais grave, devido a possibilidade de transmissão de virose, mosaico dourado do feijoeiro (BGMV), que pode afetar drasticamente o desenvolvimento das plantas impossibilitando altas produtividades. O dano mais sério causado pela mosca-branca diz respeito a transmissão de vírus como o mosaico-dourado-do-feijoeiro e outros vírus, provocando perdas de até 100% da produtividade dependendo do estádio que a planta foi infectada.

Helicoverpa armigera

Esta lagarta pode atacar todas as fases de desenvolvimento da cultura, mas tem preferência para estruturas reprodutivas causando danos direto à produtividade. O controle mais eficiente ocorre em lagartas de menor tamanho assim como o controle dos adultos pode ser uma boa estratégia de manejo. Em áreas de feijão em sucessão à outra cultura já infestada com lagartas pode ocorre dano direto no stand de plantas com o ataque das lagartas em plantas recém emergidas. Para o controle eficiente dessa praga a utilização de estratégia de manejo baseado no manejo integrado de pragas é fundamental.

Picão Preto

Uma das espécies de plantas daninhas que têm se destacado em culturas como a do feijão é o picão-preto (Bidens pilosa), possui desenvolvimento rápido, alta produção de sementes e em condições favoráveis pode se desenvolver o ano todo .Bidens pilosa pode promover elevada extração de nutrientes; quanto maior a extração, maior será o potencial competitivo com a cultura de interesse. A espécie pode provocar redução de 30% na produtividade, além de ser planta hospedeira de fungos, nematóides e vírus.

Requeima

Doença causada por fungo que ataca as plantas, caule localizado abaixo do solo ou frutos. Pode ser identificada, inicialmente, por manchas pequenas de cor pardo-escura e que, com o passar do tempo, aumentam e ficam mais escuras, marrons ou pretas. As plantas afetadas exalam odor forte. É uma doença bastante agressiva e que pode destruir culturas inteiras em poucos dias. Para prevenir o aparecimento, evitar o excesso de água e o plantio em locais úmidos e frios.

Plantas daninhas

Os efeitos mais danosos desta competição são na primeira metade do ciclo de desenvolvimento da cultura, isto é, até os primeiros 30 a 50 dias. A batata é uma cultura que pode ser irrigada, e assim, ser cultivada durante todo o ano em três épocas distintas: “das águas”, “das secas” e “de inverno”; plantada nos meses de agosto a outubro, janeiro a março e abril a junho, respectivamente. A literatura mostra vários resultados indicando que a convivência da comunidade de plantas daninhas com a cultura da batata pode reduzir a produção de tubérculos em até 65%.

Larva Alfinete

A Larva-alfinete é uma praga de solo que acomete os tubérculos causando danos diretos ao produto final. Os danos são pequenos furos (galerias) nos tubérculos que podem perder em classe a qualidade dos tubérculos, devido a alimentação das larvas. Os danos podem ser diretos aos tubérculo e perda da qualidade dos mesmos pelos furos e galerias profundas que as larvas fazem, além de que o adulto também pode se alimentar dos tubérculos, mas preferencialmente causam a desfolha pela alimentação da parte aérea.

Requeima

Também conhecida como mela, míldio ou fitóftora. É uma doença bem agressiva capaz de infestar e afetar grandemente a produtividade, causa danos em folhas, hastes e tubérculos. Medidas de controle principais são uso de cultivares resistentes e uso de fungicidas. Os danos podem ser o apodrecimento das raízes, o tombamento das mudas, apodrecimento de caules, folhas e tubérculos. Inicialmente as lesões são úmidas com bordas não definidas, crescimento cotonoso na parte abaxial das folhas, centro cinzento escuro e bordas mais claras. No caule as lesões são alongadas e de cor castanha. Em seguida os tecidos afetados tornam-se necróticos com o aspecto de queimados.

Plantas daninhas

As plantas daninhas interferem diretamente no desenvolvimento do tomateiro, competindo por água, nutrientes, luz e liberando substâncias aleloquímicas, que afetam a germinação e o crescimento do tomateiro. Deve-se, por isso, evitar o plantio de tomate em áreas infestadas por espécies que possuam substâncias inibitórias, como a tiririca, o capim-massambará, a grama-seda e o feijão-de-porco. A literatura mostra vários resultados indicando que a convivência da comunidade de plantas daninhas com a cultura do tomate pode reduzir a produção entre 20 a 80%. Na média, a ausência de controle reduz em 70% a produtividade final do tomate.

Mosca Branca

A mosca branca atinge mais de 700 espécies de plantas, porém uma das mais infestadas por essa praga é o tomate por diversos fatores, como severidade em danos diretos e transmissão de viroses. Os danos podem ser divididos em diretos e indiretos. Diretos: Ao sugarem os frutos a mosca branca (adultos e ninfas) injetam junto da saliva, afetando a qualidade do fruto. Em infestações mais severas ocorre a murcha e queda de folhas e perda de até 50% da produtividade. Indiretos: Transmissão do vírus responsável pela causa de nanismo, enrugamento das folhas e o amarelecimento completo da planta.

Requeima

Os danos causados pela Requeima na cultura podem ser devastadores podendo, em poucos dias, destruir completamente uma lavoura devido a sua severa desfolha, morte de ramos e podridão de frutos. É possível observar os primeiros sintomas na metade superior da planta com manchas pequenas com uma cor verde-pálida com formato indefinido, aumentando rapidamente de tamanho e em poucos dias ocupam uma grande parte da folha em seguida os tecidos atingidos. Nos frutos pode-se observar manchas escuras de coloração marrom-pardo com um aspecto oleoso podendo se estender por todo o fruto ocasionando uma podridão dura sem que ocorra a queda dos frutos.

Pinta Preta

Doença causada por fungo que afeta folhas, ramos e principalmente os frutos. Os sintomas aparecem mais nas faces da planta que ficam expostas ao sol e podem demorar até um ano para se manifestar. É caracterizada por manchas escuras que se formam no fruto e podem aparecer do início da maturidade até o final da safra. Geralmente afeta pomares mais velhos e com plantas mal nutridas. O principal dano para a cultura atingida é a queda prematura dos frutos, que pode reduzir em até 85% a produção das plantas. Além disso, as manchas que causam nos frutos prejudicam a sua comercialização, diminuindo seu valor de mercado.

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